[Resenha] O filho eterno


Cristovão Tezza é um dos mais conceituados escritores brasileiros contemporâneos e  O FILHO ETERNO é uma prova disso. O livro é um corajoso relato autobiográfico, narrado em terceira pessoa.
Na sala de espera, entre um cigarro e outro, o protagonista está prestes a ter seu primeiro filho. Ao ver o médico, ele pergunta se está tudo bem, mas não tem dúvidas da resposta positiva. Em sua cabeça, já imagina o filho com cinco anos, a cara dele.
Enquanto ainda tenta se acostumar com a novidade de ter se tornado pai, ele tem que se habituar com outra idéia: seria pai de uma criança com síndrome de Down. A notícia o desnorteia e provoca uma enxurrada de emoções contraditórias. “Um filho é a idéia de um filho; uma mulher é a idéia de uma mulher. Às vezes as coisas coincidem com a idéia que fazemos dela, às vezes não.”
Em O FILHO ETERNO, Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down. Aproveita as questões que aparecem pelo caminho nestes 26 anos de seu filho Felipe para reordenar sua própria vida. 
Sinopse

A resenha de hoje é um pouco diferente. Vim falar de um livro que não é exatamente a minha leitura usual, mas que foi uma variada bem-vinda.


Como falado na sinopse, "O filho eterno" é um livro autobiográfico, porém escrito em terceira pessoa e em forma de ficção (difícil de explicar, mas fácil de entender se você ler o livro). Eu não conseguiria sumarizar a história melhor do que o que foi feito na sinopse ali em cima, então vou apenas falar um pouco das minhas impressões. 


Esse livro é bem diferente dos livros que estou acostumada a ler, começando pelo fato de ser um livro nacional. Pois é, shame on me, eu praticamente não li nada de autores brasileiros até hoje. O tipo de narrativa também é novidade, pois o livro é extremamente psicológico e é praticamente como ler a mente de alguém. No caso, do "pai".


Não é um livro exatamente fácil de ler, mas não deixa de ser prazeroso. Há pouquíssimos diálogos e isso causa um pouco a impressão de que os parágrafos não acabam, mas a forma como a história é narrada é envolvente e isso dá a fluidez necessária à leitura.


Como vocês podem ter percebido pelas fotos, peguei o livro emprestado na biblioteca na faculdade, pois o motivo de eu o ter lido foi para fins acadêmicos. Mas isso não impediu que eu gostasse muito do livro e quisesse falar dele pra vocês. É uma obra muito boa e muito premiada, uma leitura indicada para todas as pessoas.

Espero que vocês tenham gostado dessa resenha.

Até logo!


10 comentários

  1. Olá Thalita!!!!
    Gostei bastante da sua resenha. Eu também não costumo ler muitos livros nacionais, mas quando leio sempre pego um que tenha a ver com o gênero literário que eu geralmente gosto. Como Paula Pimenta.
    Confesso que esse livro não me chamou atenção, mas parece ser um ótimo escritor

    Abraços
    www.gemices.com.br

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  2. Eu realmente pego pra ler qualquer um que der na telha. Não ligo se é nacional, se o autor é isso ou aquilo. Mas confesso que este não me agradou muito. Apesar de o enredo ser bem delicado e o protagonista ter de perceber que cuidar de uma criança é simplesmente igual e com amor.
    Abraços Thalita.

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  3. escritores nacionais! ultimamente eu estou dando prioridade pra leituras nacionais, minha lista ta enorme, vou da um jeitinho pra encaixar esse livro no meio!
    obrigada!

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  4. Adicionei o livro no skoob, gosto muito desse tipo de livro meio biografia meio ficçao, e a narrativa é mais sobre o pensamento, o que a pessoa ta sentindo. Fora que a expectativa de ser pai de uma criança especial deve ter bagunçado um pouco a cabeça dele, nao é todo mundo que encara esse desafio numa boa

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  5. Nunca tinha ouvido falar desse livro, mas gostei muito da sinopse. Ainda não li algo que abordasse esse tema. Vou dar uma pesquisada no autor e no livro e colocá-lo na minha lista. É pequeno, então mesmo não sendo uma das leituras mais fáceis, dá para fazer em um ou dois dias.
    Beijos.

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  6. Também não é o meu estilo usual de leituras, mas achei a forma de narrativa em terceira pessoa muito curiosa (por se tratar de uma autobiografia). Gostei também do fato do autor rumar para um lado mais psicológico e profundo de sua experiência.
    Não sei se vou ler um dia, mas já anotei a dica.
    bjs

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  7. Como vc não leu nada de autores brasileiros? Eles estão cada vez mais perfeitos.
    Fico feliz de vc ter gostado da literatura nacional e as vezes também tenho que pegar alguns livros na faculdade para fazer trabalhos e tal.

    Abçs :)

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  8. Oi! To gostando de descobrir esses livros que tratam do psicológico da pessoa porque vou começar um curso de psicologia esse ano e tudo que tem a ver com psicologia eu abraço. Nunca li nada que tivesse como personagem uma pessoa com Síndrome de Down, e eu gostaria muito, principalmente quando essa história é baseada em fatos reais e que o autor vivenciou isso. Com certeza seria uma leitura válida para mim!

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  9. Tenho este livro aqui em casa, desde ano retrasado.
    Nunca dei um oportunidade para lê-lo, teve uma vez que tentei ler, mas acabei desistindo por achar que era chato
    Vou tentar ler de novo

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  10. Oi Thalita :D

    Parece um livro bem interessante, mas normalmente autobiografias não me chamam nenhum pouco a atenção.O fato de não ter diálogos normalmente me faz querer desistir da leitura .. Enfim, esse eu deixo passar.

    Bj.
    Passeando com os livros

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